Quando o assunto é onde comer frutos do mar em Florianópolis, as primeiras opções que vêm em minha mente são: Santo Antônio de Lisboa e Ribeirão da Ilha. Não só pela oferta de bons restaurantes, mas muito pela leveza que os bairros me passam e, claro, pela beleza de ambas bucólicas regiões. Ir a um desses dois bairros para almoçar é um programa comum em meus finais de semana, principalmente se o céu estiver ensolarado.
Os restaurantes do Ribeirão são ótimos em geral. Geralmente tenho boas experiências por lá, seja no quesito atendimento como também sabor de pratos. Fomos os primeiros a falar sobre a Osteria Umas & Ostras, grata descoberta em 2012; contamos sobre uma longa tarde no Vila Terceira, visitamos o clássico Ostradamus, e adoçamos nossas tardes no Café Tens Tempo e na Brigadeira Amoriko. E a ostrentação com a "sequência de ostras" no Porto do Contrato, quem se lembra? Hoje contamos sobre mais uma experiência com sequência, não de ostras, mas não menos pomposa de um restaurante que, inclusive, já falamos por aqui, o Santa Figueira.
Muita gente certamente já passou batido pelo Santa Figueira, pois sua entrada é relativamente discreta. Fiquem atentos, pois vale a pena descer a rampa ou degraus até entrar no restaurante. A área externa é a pedida para dias ensolarados e, como praticamente todos concordam comigo, é bom fazer reserva para escolher a melhor mesa.
Rapidamente recebemos cortesia da casa (2 porções, pois estávamos em 8) composto por pão artesanal, produzido ali mesmo, caponata de berinjela, pesto e pastinha de ricota. Estava uma delícia, principalmente a caponata. Como entrada, 2 porções (12 un. cada) de ostras ao bafo cozidas com ervas finas e champagne (R$30).
As ostras estavam maravilhosas, bem fresquinhas. Vieram acompanhadas de um molhinho delicioso de gengibre ralado, outro de acerola e outro apimentado. O que demorou mesmo foram as bebidas. A espera foi cansativa e chegamos a reclamar com o garçom. A mesa ficou colorida quando chegaram as diversas caipirinhas: limão, morango, kiwi com morango e a que bebi, de frutas vermelhas. O sabor era exótico e só aos poucos, bebendo, deparei-me com dois paus de canela enormes dentro do copo. Era esse o toque diferenciado. Como gosto do sabor da canela, não achei ruim, porém, na minha opinião, não deveriam ter acrescentado a especiaria sem consentimento do cliente, uma vez que o ingrediente não consta na descrição da bebida no cardápio. Retirei a canela do copo, pois o sabor e aroma já estavam marcantes e, sabem o que acrescentei e deu super certo? Gengibre.
O primeiro prato já estava escolhido, seria o Polvo Thay, justamente o prato que nos fez dar boas recomendações sobre o restaurante após visita anterior. O Polvo Thay é inteiramente empanado em panko e frito à red curry, acompanha arroz ao leite de coco com alho e brócolis, e geleia de pimenta (R$130). Veio até com rostinho.
Extremamente crocante e macio, como lembrávamos.
Se na primeira vez tivemos que escolher o polvo, dessa vez ficamos com os dois do cardápio. O segundo prato foi o Polvo Laqueado flambado no saquê, com redução de acerola e limão siciliano. Chegou à mesa em uma coloração de dar água na boca, também acompanhado de arroz, seu próprio molho e molho de acerola (R$130). Esse polvo possui sabor adocicado e estava igualmente macio. Sinceramente, não sei dizer qual foi o favorito, pois apesar de ambos se tratarem de polvo, os sabores estavam totalmente distintos.
O terceiro prato faz jus a minha introdução: Sequência de camarão. Como é um prato de preço elevado (R$220), espera-se fartura, mas no Santa Figueira, além de quantidade, qualidade. A sequência é composta de camarões enormes, como eu nunca havia visto em qualquer outro restaurante na quantidade oferecida, ao bafo, alho e óleo, crocantes com golden curry e empanados no panko, além de um risotto de camarão muito gostoso.
Todos elogiamos o tamanho do camarões, também notável o frescor, porém concordamos que todos estavam sem sal, inclusive o último pedido que chegou à mesa, as lulas à dorê. Pedimos sal à parte e o problema foi resolvido. Acredito que se a experiência tivesse sido negativa desde o início, se os pratos fossem preparados e servidos de qualquer jeito, esse pequeno deslize tomaria outras proporções que poderiam nos fazer até a não irmos mais ao restaurante. Porém, como foi justamente o contrário, o almoço estava sendo digno de final de semana, pouco nos abalou. Como falei, jogamos um salzinho por cima e tudo certo.
Ao final, chef Beto passou de mesa em mesa e desculpou-se pela demora dos pedidos, disse que teve que se virar nos 30', porque funcionários não foram trabalhar. Esperamos que em nossa próxima visita ao Santa Figueira tudo saia nos conformes, pois é um restaurante encantador.
Ambiente: ♥♥♥♥♥
Atendimento: ♥♥♥♥
Preço: $$$$$
Sabor: ♥♥♥♥♥
Endereço: Avenida Baldicero Filomeno, 6300 - Ribeirão da Ilha. Florianópolis/SC.
Telefone: (48) 3337-0598
Horário de funcionamento: De segunda a quinta das 17h às 24h. Sexta a domingo das 12h às 24h.
Aceita cartão: Sim
Estacionamento: 2 vagas.
Olá!! Sou moradora do Ribeirão, então quase todo final de semana desvendo restaurantes por aqui... O Santa Figueira peca pelo atendimento e pela demora no preparo dos alimentos.. Gosto dos restaurantes citados, mas o meu preferido é o Rancho Açoriano!
ResponderExcluirOlá,
ExcluirTudo bem?
Nessa última experiência também tivemos problemas com a demora. Apesar das explicações do chef, é chato passar por isso, né?
Nunca fomos ao Rancho Açoriano do Ribeirão, apenas de Itaguaçu. Gostamos bastante. :)