sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

João de Barro para falar de amor

Cotinuando a semana Veja comer & Beber SC 2012/2013 aqui no blog, o restaurante que falaremos hoje ganhou merecidamente o título de melhor ambiente para um jantar romântico, conforme as preferências do leitor. A Veja SC realizou uma pesquisa com 258 moradores de Florianópolis, Blumenau e Joinville, via e-mail por intermédio do Departamento de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Abril Mídia.

Eu concordo com a premiação, pois quando recebo e-mails ou perguntas sobre uma indicação de lugar romântico para comemorar alguma data especial, o João de Barro é o primeiro da minha lista.

A família argentina Lorenzo chegou à cidade na segunda metade da década de 70. Em 1990 comprou um belo terreno no alto do bairro Cacupé que inicialmente carregava a ideia de se transformar em uma pousada, porém, a paixão pela gastronomia levou à inauguração de um dos mais tradicionais restaurantes da cidade, em 1996.

A escolha do nome foi pensada para que caísse no gosto popular, mas que representasse em poucas palavras o espírito das pessoas que faziam com que a casa se transformasse a cada dia. Por que João de Barro? João de Barro é a ave símbolo da Argentina, mas comum em terra brasileiras, conhecida por construir seu lar nas alturas dia e noite, faça chuva, faça sol. Além de ser deveras trabalhador, o pássaro constrói seu lar de barro, unindo rusticidade e beleza.

Foi assim, com suor e dedicação que Gustavo e Diana conseguiram conquistar a confiança dos florianopolitanos. Com o falecimento do chefe da família, Gustavo Lorenzo no ano passado, é Diana e seus filhos quem comandam o restaurante.

O amor está por toda a parte: na decoração rústica com luz baixa, estampada nas paredes, nas letras das músicas e no cantinho do amor, um espaço reservado para apaixonados, na área externa do restaurante.




O momento mais esperado por quem vai jantar no João de Barro é quando os ponteiros do relógio indicam 10 horas da noite. Os garçons param, a luz é desligada e todos ficam em silêncio. Com o piscar de luzes vermelhas em broches de formato de coração, há uma homenagem emocionante a Florianópolis. Das caixas de som saem as melodias do "Rancho de amor à Ilha", do poeta Zininho (Claudio Alvim Barbosa). Há alguns anos atrás, depois desse momento eram soltados fogos de artifícios, mas por uma ordem judicial a ação teve que cessar. Uma pena... De qualquer forma, ainda existe uma surpresa para os clientes.

No início do mês de novembro reservei uma mesa para dois no restaurante. Não importa que dia da semana seja, sempre há movimento no João de Barro. Escolhemos o vinho da serra catarinense Sanjo Núbio Cabernet Sauvignon (R$61) para ser a bebida da noite, acompanhado de água sem gás (R$2,50). Vinho saboroso e aromático, com cheirinho de café, mas com gosto de frutas vermelhas.

Iniciamos com o delicioso couvert da casa composto de pães quentinhos, azeitonas verdes, caponata de berinjela, manteiga caseira, molho tártaro e de salmão. A apresentação é encantadora, com molhos servidos em potinhos sobre uma toalhinha vasada e pães em uma cesta de vime, no formato de um pato.




Tive que me controlar para não perder a fome só com as entradinhas. Enquanto aguardávamos nossos pedidos, aproveitamos o som ao vivo (couvert artístico R$5,45 p/p) dando goles de vinho.




Para a noite, lembrei-me do e-mail recebido da leitora Ana Fernandes e optei pelo Talharim João de Barro com filé mignon (R$58). Esse prato é único, especialidade da casa. O talharim é feito com massa de crepe, com creme de leite e gratinado com queijo parmesão. Pode ser acompanhado ou de filé mignon ao molho madeira, ou peito de frango.





O garçom sugeriu que eu pedisse meia porção, pois era um prato bem servido. Isto é verdade, porém, ele não sabia que uma pessoa tão pequena como eu (1,54m) poderia comer tão bem. Não quis ficar na dúvida, portanto meu pedido foi o prato inteiro, ainda bem. Sobrou um filé de carne, mas muito pouco da massa. Caso não tivesse comido o couvert, com certeza acabaria com o prato sozinha. Muito, muito, muito gostoso.

O problema do João de Barro é que o cardápio é extremamente interessante, o que torna difícil a escolha do que eleger como protagonistas da noite. Não sei como, mas Claudio abriu mão do Polvo à Galega e foi de Coelho ao Vinho do Porto, feito com vinho e ervas, acompanhado ou de creme de polenta ou purê de batatas (R$65).




A  carne estava macia e o molho dos melhores. O creme de polenta realmente não se equivale à polenta, tampouco polentina pronta. O creme é feito de forma artesanal pela casa e merece aqui o registro do elogio.

Um dos jantares mais bacanas que tive nesse ano saiu por R$217,14.

Se você quer surpreender alguém, continuo indicando o João de Barro como opção.


Ambiente: ♥♥♥♥♥
Atendimento: ♥♥♥♥♥
Higiene: ♥♥♥♥♥
Preço: $$$$$
Sabor: ♥♥♥♥♥


Endereço: Rodovia Haroldo Soares Glavan, 1166 - Cacupé. Florianópolis/SC.
Telefone: (48) 3335-6003
Horário de funcionamento: Das 19h às 01:30 (Domingo só almoço 12h/16h. Fecha segundas. Dezembro a maio: das 17h/01:30h).
Aceita cartão: Sim
Estacionamento: Sim

17 comentários:

  1. Ai Pri, que delícia.. faz tempo que não vou lá, mas vou ter que voltar em breve depois dessas fotos.. haha

    Beijão!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Viu que te mencionei no post? Tu que me deixaste com vontade depois que li aquele e-mail... Hahha. Restaurante perfeito.
      Bjs

      Excluir
  2. Huuuum que delicious! Nunca fui ao João de Barro acredita? Fui uma vez e estava cheio e acabei não entrando...esqueci da reserva! Vou voltar com certeza depois de toda essa indicação :)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não acredito? É, lá é sempre bom fazer reserva. Vai, sério!!
      Bjs

      Excluir
  3. Também nunca fui e agora depois de ler o que você escreveu, vou convidar meu marido para a gente ir conhecer o restaurante. Obrigada pela dica. Beijos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pelo jeito consegui repassar aos leitores o quão bom é o João de Barro, rs.

      Excluir
  4. Fui lá já há muito tempo, com o maridao. Realmente é super interessante o local, o visual tanto do ambiente como da vista. Fui ainda na época em que quando tocava o Rancho de Amor a Ilha, soltava-se fogos....lindo!!!!

    beijinhos..............

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Cris, ainda há o momento em que toca o "Rancho de amor à Ilha", acabaram apenas os fogos... Continua lindo!
      Bjs

      Excluir
  5. Com certeza uma das melhores opções para ir com o(a) amado(a) em Floripa.
    Bjs

    ResponderExcluir
  6. você falou em clima romântico e me lembrei da spaghetteria santo antonio, um lugar bem gostoso de ir com o amado também! sem contar que as massas são uma delicia.
    tem o blog deles aqui: http://santaspaghetteria.blogspot.com.br/

    e a indicação da veja comer e beber: http://vejabrasil.abril.com.br/santa-catarina/restaurantes/santo-antonio-spaghetteria-e-cafe-28826

    se for lá, não deixe de pedir como sobremesa o sorvete de gengibre é uma delícia indispensável!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá!
      Sim, estamos para ir à Spaghetteria. Espero ter um post sobre o restaurante por aqui em breve...
      Obrigada

      Excluir
  7. O restaurante João de Barro é mesmo único! Nota-se o amor em cada detalhe. O proprietário Gustavo, que já se foi, também era uma figura importante e faz falta no ambiente... A comida é maravilhosa! Recomendo a todos!

    ResponderExcluir
  8. O restaurante João de Barro é mesmo único! Nota-se o amor em cada detalhe. O proprietário Gustavo, que já se foi, também era uma figura importante e faz falta no ambiente... A comida é maravilhosa! Recomendo a todos!

    ResponderExcluir
  9. O restaurante João de Barro é mesmo único! Nota-se o amor em cada detalhe. O proprietário Gustavo, que já se foi, também era uma figura importante e faz falta no ambiente... A comida é maravilhosa! Recomendo a todos!

    ResponderExcluir